Reflexões de uma quase 30

por Jenyffer Dias

Atenção, esse é um grande texto escrito sem qualquer roteiro prévio, feito apenas de reflexões minhas sobre estar prestes a completar 30 anos, nem faço ideia do que vai sair daqui mas espero que você se identifique.
Como uma boa millennial  (Geração dos nascidos entre 81 e 96), escreverei esse texto cheio de GIFs de Friends pois foi assim que minha comunicação na internet nasceu e sinto muita falta disso rs.

Como não começar com justamente o primeiro sentimento que surge junto às palavras “completar 30 anos”, o jovem Joey é o que mais me representa nesse quesito.
Não que eu não esteja feliz de chegar à esse marco, mas é que com ele surgem várias constatações e questionamentos, como:

– Meu Deus eu realmente estou velha
– Agora eu sou oficialmente considerada uma mulher adulta, apesar de não me sentir como uma
– Será que eu deveria estar pensando em filhos?
– Estou chegando aos 30 e eu conquistei o que até aqui?
– Por que eu não comecei a juntar dinheiro cedo?
– Será que estou muito velha pra pintar o cabelo de rosa?
– Agora entendo meus pais
– Será que eu deveria continuar gostando de filme de adolescente?
– Acho que eu deveria ter planejado melhor minha carreira

Para quem já passou dessa idade, tenho certeza que parece um monte de questionamentos bobos, e que provavelmente daqui a 10 anos eu vou rir muito desse texto maaaaas como eu disse, esse texto é pra minha galera que está chegando na casa dos 30 kk.

Mas nem só de arrependimentos e medos vive o ser humano com quase 30.
Estou cheia de vontade e coragem de correr atrás de algumas coisas que eu tenho muita vontade de realizar.
Também sou muito grata por momentos, escolhas e pessoas que me fizeram chegar até aqui.

A gente começa a aceitar melhor as coisas e saber que não somos donos de nenhuma verdade, que a gente vai errar, se decepcionar e aprender com cada coisa que acontece na nossa vida, a gente aprende a lidar melhor com os nossos sentimentos.
Acho que na verdade a gente começa a entender um pouco as regras da vida sabe?
Entendemos que a gente não é nada nessa vastidão de universo, mas que nem por isso a gente vai deixar de tentar viver a vida da melhor maneira possível;
Eu diria que é uma das melhores fases de um ser humano, se a gente souber vive-la (assim como todas né?)
Por exemplo:

Quando crianças: Não entendemos absolutamente nada, nem questionamos nada, só vivemos, brincamos e é isso, mesmo as que vivem nas piores condições possíveis, não sabem o que estão vivendo ou o porque, apenas vivem. 

Quando pré-adolescentes: Continuamos sem entender quase nada, mas agora a gente tem dúvidas demais e torce pra que na adolescência as coisas melhorem.

Quando adolescentes: Aqui a gente acha que é o próprio umbigo do universo, que tudo acontece na nossa vida, que nossa vida é horrível demais e que todos são injustos conosco. Nessa fase também vem os relacionamentos amorosos mais intensos e muitas confusões a respeito de tudo mas principalmente para entender os sentimentos. 
Vendo de fora, acredito que muitos gostariam de pular dessa fase ou voltar pra ela, sem meio termo.

Quando Jovens adultos: Aqui as coisas começam a azedar, a vida adulta vem com força de uma maneira que ninguém preparou a gente. Mercado de trabalho, responsabilidades, às vezes maternidade/paternidade, relacionamentos mais duradouros, faculdade… mas ainda assim, somos jovens, estamos cheios de vontades, a escola finalmente ficou para trás e é o começo de uma vida nova, a gente já apanhou muito e está tentando resolver alguns traumas. Mal sabemos que lá vem diversos outros pela frente rs.

Agora eu acho que sou adulta, então devo dizer que eu tenho total noção que minha vida ainda está no começo, que eu ainda sou jovem, ainda posso realizar muita coisa, porém, eu já não sou tão jovenzinha e que provavelmente beber demais vai me dar ressaca, coisa que eu não tinha muita. Provavelmente vou precisar cuidar um pouco mais do meu corpo, coisa que eu nunca fiz mas acredito que essa seja a melhor fase da minha vida.

Claro que agora que estamos de volta por essa internet, vocês irão ver eu completar de fato os 30 anos e irei continuar compartilhando meus medos e anseios com vocês, obviamente também as minhas felicidades.
Apesar dos 30 serem um marco, ele continua sendo apenas um numero que não quer dizer muita coisa, tudo depende da maneira que a gente vive a vida e de como vemos o mundo. Não vou deixar de fazer nada porque sou uma “mulher adulta agora”, continuo cagando para a opinião alheia e ela vai continuar não interferindo na minha vida, mas acho que gosto da ideia de ser mais uma mulher do que uma menina, me sinto bem assim mesmo.

Veremos o que os 30 me trará…

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