RESENHA | MELHOR DO QUE NOS FILMES – LYNN PAINTER

Quando eu comecei essa leitura, eu estava muito receosa por se tratar de um livro adolescente.
Me surpreendi positivamente ao constatar que apesar disso, eu ainda consegui me conectar com a trama e com os personagens.
Não vou negar que em alguns momentos, eles fazem e falam besteiras bem típicas da idade, mas é só se lembrar de que se tratam de jovenzinhos e isso passa tranquilamente.

Existe um triangulo amoroso aqui, porém eu já tinha escolhido meu favorito desde o começo.
Confesso que eu não gosto muito da normalização daquele implicância entre menino e menina desde crianças, em alguns momentos acho que beira a maldade, e essa foi a única parte que eu não gostei da história.

A Liz é uma personagem complexa, e isso deixa ela bem real.
Achei ela fofa, muito persistente (até demais), e extremamente romântica, ela carrega uma carga dramática devido à perda da mãe na adolescência, uma fase que já é tão complicada sem esse agravante.
Mas ela também é uma péssima amiga, mentirosinha e até meio cega quanto aos sentimentos alheios (até os dela própria)

O Michel Young é um mistério, você não sabe direito o que ele está pensando ou sentindo até que ele diga as palavras.
Ele é educado e parece bem diferente dos garotos da idade dele, um verdadeiro sonho.

O Wes é o completo oposto, fala besteiras, frequenta festas e é popular, além de ser extremamente irritante com a Liz no passado, porém no período presente, ele é um fofo e está sempre salvando a Liz nos momentos de aperto que ela passa, e ela passa por muitos rs;

A história por si só é bem fluída e cativante, se você pegar esse livro no momento certo da sua vida, vai querer virar página atrás de página até acabar o livro.
Era um suplicio quando eu tinha que largar a história, tanto que o li em 2 dias (tive que trabalhar nesse meio tempo, o que é muito injusto nessa vida adulta kk).

Como eu disse, me apeguei a um casal desde o início e torci até o fim que descem certo juntos, mas não se engane, demorou muito para que isso acontecesse.
Um outro ponto que gostei muito na história, é que apesar de existir uma rivalidade feminina, ela não tem nada daqueles filmes adolescentes dos anos 90, com as garotas malvadas praticando bullying e fazendo alguém sofrer. Isso é muito clichê e já ficou enterrado no passado.

Falando em filmes, existe toda uma temática que gira em torno dos filmes que a Liz assistia com sua mãe, em grande parte comédias românticas dos anos 80 e 90, ela os cita em vários momentos e dá até vontade de ver aqueles que eu não vi e rever os que eu já conhecia, eu só achei um problema ela dar spoilers sobre eles. 
São spoilers que podem até fazer sentido na história mas poderiam facilmente ser evitados, por mais que sejam filmes “antigos” nem todo mundo assistiu e pode ser um pouco incomodo dar de cara com eles sem qualquer aviso prévio. (eu confesso que quando ela começava a narrar algo de um filme que eu não tinha assistido ainda, eu pulava essa descrição até voltar para a história regular do livro)

Me deu até uma vontade de fazer um post ou um quadro aqui no blog, onde eu assisto todos esses filmes e escrevo uma crítica para cada. O que vocês acham? Leriam?

No geral é um livro fofo, romântico, bem cara de sessão da tarde, com triangulo amoroso, superação de luto, conflitos familiares leves, vizinhos que se odeiam e passam a ser amigos e muita indicação de filme bom.

Recomendo a leitura para quem quer matar um tempo com uma leitura viciante, levemente dramática mas muito divertida.
É ideal para quem está passando por ressaca literária e está em busca de algo não tão marcante para ler.

Se você já assistiu e gostou de The Duff, aquela comédia romântica com o Robbie Amell e a Mae Whitman, esse livro é para você, com certeza!